amigos, família e gente avulsa perguntam-me amiúde se gostaria de ir-me no exercício do sono e com isso evitar as angústias de uma falência vital testemunhada, principalmente por mim mesmo.
não. gostaria de ir abatido a tiro, à enésima bala e de preferência após terem sido gastas centenas, com um palco Geigeriano de ossos, carne e tendões parlamentares ainda brûlées às minhas costas; lâminas dispensadas a brotar como arbustos dos dorsos que nesse dia tivessem comparecido ao grotesco hemiciclo, biqueiras bem ungidas a hemoglobina de esquerda, a trademark lupina nos lábios.
falange, falaginha e falangeta rigorosamente ao centro do detonador, um raio de sol na madeixa prateada da barba.
depois muitos Mães Hugo, e Mães Ruben e o caralho que herdar as ruínas da estiva, fariam a exegese do evento entre encomios ao ministro-puta dos assuntos silenciares, com um coro de vaticinadores sindicofutebolisticos a lamber do chao as migalhas empapadas nos miolos da chularia.
seria assim que eu gostaria de ir.
Mas não vais, porra!
Fazes cá falta. É sempre agradável ser acordado com emanações da Merdocracia do estado de torpor estupidificante, deste jardim à beira-mar plantado.
Andava lá perto, até estava a cultivar-me aqui >>> http://humanurehandbook.com/
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heh 🙂
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